Num momento em que a transição energética acelera, o programa “Ondas del Viento” da Capital Radio abordou um tema crucial: o projeto de Real Decreto que visa reduzir a mortalidade de aves causada por colisões e eletrocussão em linhas elétricas e aerogeradores. Este debate destaca os esforços do setor para equilibrar o crescimento da energia eólica com a proteção ambiental.

No episódio de 6 de maio, especialistas como Juan Virgilio Márquez e Heikki Willstedt da AEE partilharam a sua perspetiva sobre esta abordagem regulatória para um desafio ambiental significativo. A participação de figuras-chave do setor eólico sublinha a relevância do tema para a indústria.

Os convidados enfatizaram a necessidade de uma norma que seja “realista, proporcionada e equilibrada“, refletindo o desafio de implementar medidas eficazes que protejam a avifauna sem comprometer indevidamente o desenvolvimento de infraestruturas energéticas essenciais. Esta discussão põe em evidência a atenção tanto às linhas elétricas como aos aerogeradores na busca por soluções abrangentes.

Esta discussão sublinha a importância de integrar a conservação ambiental no desenvolvimento sustentável de todas as formas de energia eólica, incluindo projetos emergentes como os aerogeradores offshore e a hibridação com hidrogénio verde, garantindo que o crescimento do setor seja compatível com a proteção da biodiversidade.

Debates como este são fundamentais para alinhar o desenvolvimento eólico com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A garantia de uma energia limpa e acessível (ODS 7) passa pela minimização do seu impacto ambiental, transformando a paisagem não apenas com menos poluição visível, mas também protegendo a vida selvagem que nela habita. Ao abordar a mortalidade de aves, o setor eólico contribui diretamente para a ação contra as alterações climáticas (ODS 13), permitindo a expansão de uma fonte energética vital para a descarbonização, preservando ao mesmo tempo os ecossistemas.

Como podemos, em conjunto, garantir que a regulamentação ambiental e a inovação tecnológica caminham de mãos dadas para acelerar uma transição energética verdadeiramente sustentável e harmoniosa com a natureza?