A transição energética global, com a crescente adoção de fontes renováveis, coloca um desafio sem precedentes à infraestrutura elétrica mundial. Neste cenário de transformação, o programa ‘Ondas del Viento’ da Capital Radio, em seu último episódio, dedicou-se a analisar em profundidade a imperativa evolução da rede elétrica e a integração eficiente das energias renováveis.

Durante a discussão, especialistas como Juan de Dios López, diretor técnico da AEE, Enrique Doheijo, Diretor de Consulting – Energy na DELOITTE, e Marcial González, Energy Consulting Senior Professional na HITACHI ENERGY, sublinharam elementos cruciais para este avanço. A digitalização das redes emerge como um pilar fundamental para a sua gestão inteligente e reativa, permitindo uma melhor adaptação à intermitência das renováveis. Além disso, a otimização dos sistemas de armazenamento de energia, seja através de baterias ou de novas tecnologias, é vista como essencial para garantir a estabilidade e a fiabilidade do fornecimento. ‘A flexibilidade e a resiliência são os pilares da rede do futuro, especialmente quando consideramos a crescente escala de projetos como os aerogeradores offshore,’ afirmou Enrique Doheijo. A integração de soluções inovadoras, como a hibridação com hidrogénio verde, foi apontada por Marcial González como um caminho promissor para o armazenamento e transporte de energia, complementando a infraestrutura existente e reforçando a segurança energética. Estes desenvolvimentos são cruciais para suportar uma matriz energética cada vez mais limpa e descentralizada.

A modernização e a adaptação da rede elétrica às energias renováveis representam um avanço significativo para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Este projeto e discussões como a do ‘Ondas del Viento’ contribuem diretamente para o ODS 7 (Energia acessível e limpa), ao facilitar o acesso a fontes de energia mais sustentáveis e eficientes para todos, e para o ODS 13 (Ação climática), ao permitir uma redução substancial nas emissões de gases de efeito estufa, um impacto equivalente à plantação de milhões de árvores ou à remoção de milhares de veículos das estradas anualmente.

Estamos, sem dúvida, à porta de uma era onde a rede elétrica não será apenas um mero condutor de energia, mas um sistema inteligente e pulsante, capaz de moldar um futuro energético sustentável. A questão que se impõe é: quão rapidamente conseguiremos abraçar e implementar estas inovações para garantir um planeta mais verde e uma energia mais segura para as próximas gerações?

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